terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Dia de aniversário à Brasileira

Já escrevo da Polonia, mas estou a dever uns quantos posts sobre a minha estadia no Brasil. Posts esses que vão sair a conta gotas, pois para a semana há encontro na Alemanha e eu tenho muita coisa para organizar e fazer.O meu aniversário este ano teve 26h... ganhou ao do ano passado que só teve 25h. Por este andar daqui a uns tempos faço anos o ano inteiro! É que eram 10h da noite no Brasil quando chegou a primeira mensagem de parabéns... era meia noite em Portugal!
Nessa altura eu estava na festa mensal do Banespa, um clube desportivo que de vez em quando organiza umas festarolas. Aquilo foi uma animação e o local ideal para eu aprender a dançar samba e afins. É que um dos amigos da minha prima é professor de dança e aprendi imenso com ele. Descobri que o "samba no pé" eu já sabia fazer, o dançado a 2 é que nem tanto. Para além disso até houve coreografias pelo meio e tudo! Foi a loucura total. Á meia noite é costume chamarem todos os aniversariantes da época e o meu nome lá estava. Ouvi os parabéns em portugues do Brasil e havia bolo e tudo! A noite foi aproveitada até ao fim e dancei que me fartei. A minha prima disse que finalmente descobriu alguém na familia que gosta, porque do resto era unica!
No dia seguinte (ou seja, no mesmo dia mas de manha), fui até ao ponto mais alto de São Paulo, onde em dias claros se tem uma panoramica da cidade! Claro que com a sorte que tive estava nublado e só se viam as redondezas, mas ainda assim valeu a pena.
De seguida conheci o meu ultimo primo, o Alex. Um senhor com um cabedal de fazer inveja a qualquer segurança de discoteca. Ele levou-me ao chamado "feijoada com pagode". Ou seja, uma casa de samba, samba a sério daquele puro, de raiz, onde se pode almoçar uma optima feijoada tradicional brasileira. A parte engraçada foi quando ele saiu para ir à casa de banho e assim que desapareceu vem um negão, do meu tamanho meter conversa. Convidou-me para dançar, ao que eu recusei (não era suficientemente giro) argumentando que não sabia porque era portuguesa. Insistiu e perguntou "o grandão aí não se vai importar se eu falar contigo pois não?". Não consegui responder... ri ri ri até não poder mais. Entretanto o grandão chegou e o pequenote afastou-se logo. Ah pois não... olha a miufa! Contei-lhe e fartamo-nos de rir os dois. Sambei a tarde toda, sempre de copo cheio. Contas feitas tinhamos dado conta de 11 cervejas de 600ml. Nem me tinha apercebido! Só dei conta quando no carro me pareceu ver tudo nublado e meio ás voltas. Azar! O pior é que em casa estava a familia à minha espera! Lá fui eu para de baixo do chuveiro! A coisa até melhorou e o lanchinho lá em casa foi bom. Bolo de aniversário e parabens cantados. O Alex fartou-se de gozar comigo por causa do negão e toda a gente se riu com a historia. Já não saí, pois o cansaço era mais que muito.
Um aniversário bem melhor que o ano que passou, sem dúvida! Um aniversário cheio de alma brasileira!

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